Leslie Aloan, Presidente do INASE
Os Hospitais na
Pré-História: Os
hospitais primitivos eram Templos, dedicados aos Deuses, onde se praticavam
exorcismos e receituários supersticiosos e inócuos. É digno de referencia que à época os homens
viviam mais do que as mulheres. Parto era muito adverso às mulheres e elas
ocupavam um lugar secundário nas proteções sociais. Os homens caçavam e proviam
alimentos. Eram seres importantes. O “hospital” mais antigo que se tem notícia
fica na Ilha de Malta, o Templo de
Ggantija, da era Pré-Histórica. É Patrimônio da Humanidade desde 1980.
Os
Hospitais antes da Era Comum: Em
400 AC, Apolo era consultado no Templo Delphi. Asclépio acolhia os enfermos em templos onde eram confortados. Estes
doentes eram atendidos com banhos frios e quentes. Recebiam mel, cinza, sal e
água mineral para satisfazerem as necessidades corporais e também espirituais.
Nessa época Hipócrates, que estudou na Ilha
de Kós, pontificava seus ensinamentos apoiados mais nos fatos do que na fé,
tornando-se o pai da Medicina Ocidental.
Os Hospitais
durante as Cruzadas; No
V e VI séculos, a maioria das grandes cidades do antigo Império Romano possuíam
hospitais católicos. Ao longo da rota
das expedições militares das Cruzadas houve um surto de construções de
hospitais face ao incremento das doenças e da peste mais dizimadora que as
espadas pagãs. Na Idade Média, no entanto, esses conhecimentos só não
desapareceram por completo graças ao trabalho dos monges copistas que
transcreveram esses conhecimentos, preservando-os, nos Mosteiros. As Cruzadas
ocorreram do final do séc. XI até meados do séc. XIII, composta principalmente pelos Cavaleiros da Ordem de São João de Jerusalém
de Rhodes e de Malta (Hospitalários), Pelos Templários e pelos Teutônicos.
Os Hospitais na
Idade Média: Na
Idade Média o Hotel - Dieu de Paris,
apesar de algumas deficiências, apresentava uma organização semelhante aos
hospitais de hoje. À época, a maioria
dos hospitais se caracterizava por total ausência de cuidados higiênicos. Os
hospitais do mundo islâmico eram muito diferentes dos europeus. Por volta de
1300 o Hospital de Al-Mansür, no
Cairo, possuía enfermarias separadas para doenças graves, ambulatórios e um
serviço de assistência social permitindo aos pacientes receberem algum
dinheiro, ao deixarem o hospital. Com o Renascimento os hospitais monásticos
são substituídos gradualmente por hospitais municipais.
Os
Hospitais na América: Segue em ordem cronológica.
México,
1524: O primeiro
hospital a ser construído no continente;
Brasil,
1540: Santa Casa
de Santos, Capitania de São Vicente, por Bráz Cubas;
Brasil, 1582: Santa Casa da Misericórdia do
Rio de Janeiro;
O
Brasil se antecipou, em mais de um século, à inauguração de hospitais no Canadá
e nos Estados Unidos.
Quebec, 1639: Hôtel-Dieu du Précieux-Sang;
Montreal, 1644: Hôtel-Dieu;
Nova York,
Manhattan, 1663:
o primeiro hospital americano, para soldados doentes;
Pensilvania, 1775: Primeiro hospital comunitário;
Boston, 1811: Mass General Hospital. Hospital de excelência até os dias de hoje.
Atualmente, o capítulo da
hospitalização sofreu e vem sofrendo ajustes fundamentais, face à carência de
leitos e a outros fatores, onde citamos: a expectativa de vida aumentou muito
no Mundo e no Brasil; ocorreu uma redução acentuada da natalidade; o perfil de
internação e mortalidade hospitalar modificou-se; os recursos são finitos e os
argumentos legais, onde todos são iguais perante a lei.
As fotos destas Instituições
estão disponíveis na Internet, ou por solicitação ao INASE.
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