Leslie Aloan,
Presidente do INASE
Pesquisas sobre o assunto atribuem a descoberta do
cigarro aos nativos do continente americano. Alguns indícios arqueológicos indicam
que o seu uso já ocorria há mais de oito
mil anos. Os astecas fumavam o tabaco enrolado em folhas de junco ou tubos de
cana. Outros povos preferiam a conhecida casca do milho. Em um vaso maia do
século X, foram encontrados indícios arqueológicos com o desenho de um grupo de
indígenas fumando um chumaço de folhas de tabaco enroladas a um tipo de
barbante.
Quando Cristóvão Colombo chegou à América, aproximadamente
cinco séculos mais tarde, os europeus tomaram gosto pelos hábitos dos nativos
encontrados na região das Bahamas. Na ocasião, o navegador Rodrigo de Xerxes
experimentou o hábito indígena e, quando retornou à Europa, levou algumas
folhas consigo. Algumas décadas mais tarde, os europeus passaram a reinventar
os modos de consumo do tabaco.
Já no século XVI apareceram os primeiros
charutos, que se restringiam a uma pequena parcela da população que tinha
condições de pagar pela cara especiaria. Surpreendentemente, foi o próprio
caráter excludente do charuto que abriu caminho para a criação do cigarro.
Trabalhadores pobres de Sevilha picavam restos de charuto na rua e enrolavam em
papel. Segundo algumas estimativas, no final do século XIX, o hábito de mascar
tabaco era bem mais popular que o consumo do cigarro. Somente no final desse
mesmo século, o cigarro foi popularizado quando James Bonsack criou a máquina
de enrolar cigarros.
Segundo algumas estimativas, cerca de um bilhão de
pessoas fumam regularmente, ou seja, perto de 15% da população mundial. A
popularização do seu consumo acabou incitando vários problemas de saúde pública
que hoje justificam a proibição por lei do uso do cigarro em lugares onde há
grande circulação de pessoas. O tabagismo sofreu uma oposição precoce, baseado
mais no desgosto das pessoas que circundavam os fumantes do que realmente em
motivos de saúde.
O curto papado de 13 dias do Papa Urbano VII incluiu
a primeira proibição de fumar em público, em 1590. O papa ameaçou excomungar
quem "fumar tabaco no pórtico ou no interior de uma igreja, quer o tabaco
seja mascado, fumado em um cachimbo ou, em pó, cheirado pelo nariz". Depois
disso, algumas cidades europeias adotaram a proibição ao fumo. Entre elas
Ducado da Alta Saxônia, a Baviera e algumas cidades na Áustria, logo no final
dos anos 1600. Com o decorrer do tempo, outras cidades seguiram, foi proibido
fumar em Berlim em 1723, em Königsberg em 1742, e em Stettin em 1744. Estas
proibições foram todas revogadas nas Revoluções de 1848.
A primeira proibição antitabagista nacional da era
moderna foi a do movimento antitabagismo na Alemanha nazista, imposta pelo
Partido Nazista em todas as universidades, correios, hospitais militares e
escritórios do Partido Nazista na Alemanha. Atualmente, as mais proeminentes
organizações antitabagismo incluem as entidades norte-americanas “Ação sobre
Fumo e Saúde” (ou Action on Smoking and Health) e “Ação no Espaço Aéreo sobre
Fumo e Saúde” ou (Airspace Action on Smoking and Health) e a organização
canadense “Conselho Canadense para o Controle do Tabaco”. No Brasil as
campanhas antitabagistas são coordenadas pela “Agência Nacional de Vigilância
Sanitária”.
Crianças e adolescentes deveriam ser
impedidos de começar a fumar. Fumantes devem ser motivados para deixar de fumar
para sua própria proteção.
As estatísticas revelam que os fumantes
comparados aos não fumantes apresentam risco:
• 10 vezes maior de adoecer de câncer de
pulmão
• 5 vezes maior de sofrer infarto
• 5 vezes maior de sofrer de bronquite
crônica e enfisema pulmonar
• 2 vezes maior de sofrer derrame
cerebral
Se parar de fumar agora…
• após 2 horas não tem mais nicotina no
seu sangue
• após 8 horas o nível de oxigênio no
sangue se normaliza
• após 2 dias seu olfato já percebe
melhor os cheiros e seu paladar já degusta a comida melhor
• após 3 semanas a respiração fica mais
fácil e a circulação melhora
• após 5 a 10 anos o risco de sofrer
infarto será igual ao de quem nunca fumou
Portanto,
Quem não fuma aproveita mais a vida!
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