Leslie Aloan, Presidente do INASE
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o
tabagismo como a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Estima-se
que um terço da população mundial seja tabagista.
Estudos estatísticos demonstram que os fumantes
comparados aos não fumantes apresentam um risco 10 vezes maior de adoecer de
câncer de pulmão; 5 vezes maior de sofrer infarto; 5 vezes maior de sofrer de
bronquite crônica e enfisema pulmonar e 2 vezes maior de sofrer derrame
cerebral.
Em nosso meio, o câncer de pulmão é o tipo de tumor
mais letal e também uma das principais causas de morte no país. Ao final do
século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte
evitável. O consumo de tabaco é o mais importante fator de risco para o
desenvolvimento de câncer de pulmão. Comparados com os não fumantes, os
tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de
pulmão.
O tabaco representa um costume que mais contribui para
o desenvolvimento de doenças não contagiosas como ataques cardíacos, derrames,
câncer e enfisema. O grupo é responsável por 63% de todas as mortes no mundo.
Outras doenças relacionadas ao tabagismo são: hipertensão arterial, aneurismas
arteriais, úlcera do aparelho digestivo, trombose vascular, osteoporose,
Catarata, impotência sexual no homem, infertilidade na mulher, menopausa
precoce e complicações na gravidez.
No Brasil em dias atuais o tratamento do tabagismo tem
como referência o Sistema Único de Saúde (SUS), sendo regulado por Portarias do
Ministério da Saúde (Portaria nº 1.035/2004 e Portaria nº 442/2004) que ampliam
o acesso da abordagem nos 3 níveis de atenção à saúde (básica, média e alta
complexidade).
No dia 29 de agosto é comemorado, no Brasil, o Dia
Nacional de Combate ao Fumo, uma data instituída em 1986 pela lei nº 7488, que
foi criada com o objetivo de conscientizar e mobilizar a população sobre os
riscos decorrentes do uso do cigarro.
Somente na fumaça desse produto, por exemplo,
encontramos mais de 4.700 substâncias tóxicas, algumas inclusive cancerígenas.
O alcatrão e a nicotina são exemplos dessas substâncias maléficas ao organismo.
Essa última substância age como estimulante do sistema nervoso central, eleva a
pressão sanguínea e a frequência cardíaca, diminui o apetite e desencadeia
náusea e vômito. Já o alcatrão, que é formado por várias substâncias, está
ligado a doenças cardiovasculares, câncer, entre outras.
Vale destacar que, após o uso do cigarro ser
interrompido, o corpo pode recuperar-se dos danos causados pelo fumo, portanto,
os prejuízos podem ser remediados. Acredita-se que após um ano sem fumar, os
riscos já comecem a decrescer. Em relação aos riscos de infarto e câncer,
estima-se que após 10 anos os indivíduos passem a ter os mesmos riscos de
desenvolver essas doenças que uma pessoa que nunca fumou.
Diante dos riscos do tabagismo para as pessoas que
fazem uso desses produtos e para quem os rodeia, foi estabelecida a Lei
Antifumo (lei nº 12.546/11), que determina a proibição do ato de fumar em
ambientes coletivos, públicos ou privados, como restaurantes, clubes e halls de
entrada em condomínio. A determinação afeta até mesmo locais parcialmente
fechados com divisória e extingue a existência dos “fumódromos” e propagandas
de cigarro. Em caso de descumprimento dessa lei, os estabelecimentos são
multados.
Fonte:
www.inca.gov.br
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